sábado, 23 de novembro de 2013

Sérgio Godinho edita álbum ao vivo com as suas "caríssimas canções"






Algumas das canções que o músico Sérgio Godinho ouviu ao longo da vida, e que mais o apaixonaram, estão reunidas no álbum "Caríssimas Canções", registo ao vivo de dois concertos recentes que é editado na segunda-feira.

"Quis partilhar algumas das canções de outros autores que me acompanharam na vida e que estão ligadas às circunstâncias em que as ouvi. É um projeto muito especial que tinha de partilhar com as pessoas", disse Sérgio Godinho em entrevista à agência Lusa.

Sérgio Godinho já editou cinco álbuns ao vivo, mas este tem contornos especiais, porque regista canções que não são suas e também não estavam na sua discografia.

"Caríssimas Canções" é como que o encerrar de um ciclo começado em 2012, quando Sérgio Godinho publicou semanalmente, no jornal Expresso, 40 crónicas sobre canções prediletas e artistas de eleição, de Zeca Afonso a Milton Nascimento, dos Doors ao Conjunto António Mafra, de Bob Dylan a Elvis Presley.

Essas crónicas foram reunidas no livro "Caríssimas Canções - Sérgio Godinho e as canções dos outros", e bastou depois um convite do Centro Cultural de Belém para o músico português avançar com a transposição para o palco.

Em maio tocou no CCB, em Lisboa, e, em junho, na Casa da Música, no Porto. Algumas das músicas interpretadas fazem o alinhamento do álbum ao vivo, agora a editar.

"Eu gosto de fazer coisas fora do baralho e gosto de mostrar a riqueza das canções que sempre me apaixonaram", explicou Sérgio Godinho.

No álbum, acompanhado por Nuno Rafael, Helder Gonçalves e Manuela Azevedo, Sérgio Godinho canta "Vendaval" (Tony de Matos), "Carinhoso" (Pixinguinha), "Heartbreak Hotel" (Elvis Presley), "Os Vampiros" (Zeca Afonso) ou "Sampa" (Caetano Veloso).

Há ainda "Mother's little helper", dos Rolling Stones, "Les vieux", de Jacques Brel, e "Volver a los 17", de Violeta Parra.

São universos bastante diferentes, reconhece Sérgio Godinho, mas significativos, tanto no percurso pessoal como na vida profissional, com 40 anos de escrita de canções, desde a edição de "Sobreviventes", em 1971.

A acompanhar o álbum é editado um DVD que regista a gravação, no estúdio dos Clã, de algumas das músicas escolhidas, entre as quais "Sunny afternoon", dos Kinks, e "Love minus zero, no limits", de Bob Dylan.

Feito este álbum ao vivo, Sérgio Godinho dedica-se agora a terminar uma série de contos para editar em livro, em 2014.

"O meu ímpeto criativo está agora virado para aí. E fiz três letras para o novo álbum dos Clã", disse.


Fonte: JN online, 23-11-2013






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