Estará ainda o rei vivo? No filme de série B Bubba Ho-tep (2002), de Don Coscarelli, está mais vivo que nunca, ao lado de um John F. Kennedy negro, num lar de idosos do Texas, enquanto combatem fantasmas do além. No mundo real, a sua música e influência também vivem, ou não tivesse a marca Elvis rendido no ano passado cerca de 38 milhões de euros. Mas na realidade, se fosse vivo, Elvis Aaron Presley comemoraria hoje 75 anos. A data vai ser marcada com pompa e circunstância na mansão de Graceland, em Memphis, não só por muitos milhares de fãs daquele que ainda hoje é referido como "o rei do rock'n'roll", mas até pela filha, Lisa-Marie Presley, e a ex-mulher, Priscilla Presley.
Como se de um verdadeiro aniversário de tratasse, hoje na mansão que já é considerada monumento nacional, Lisa-Marie e Priscilla vão partilhar um bolo de aniversário com todos os que rumarem ao local, onde estão a decorrer desde ontem uma série de iniciativas, desde concertos a exposições, passando por concursos de dança.
Nestes dias não irão faltar certamente formas para comemorar a vida do "rei". Existe mesmo o objectivo de declarar, com o apoio das autoridades de Memphis, 8 de Janeiro como o "Dia Elvis Presley".
Mas as novidades não se ficam por aqui. No final deste mês será lançado no mercado português uma nova colectânea, apropriadamente intitulada Elvis 75, que contém 25 temas que marcaram a carreira do músico, totalmente restaurados digitalmente. Já em Dezembro foi lançada nos EUA uma caixa com quatro discos, um livro de 80 páginas com fotografias raras e um texto escrito por Billy Altman, edição esta de luxo com o nome Elvis 75: Good Rockin' Tonight.
Passados mais de 30 anos desde a sua morte (Elvis morreu a 16 de Agosto de 1977, aos 42 anos), os contornos que tomaram a sua carreira e vida pessoal são ainda alvo de novas edições livreiras. No início desta semana foi lançado nos EUA o livro Elvis: My Best Man, da autoria de George Klein, um dos amigos mais próximos do cantor, tendo conhecido Presley nos tempos de liceu, em 1948. Na obra George Klein faz um percurso sobre a carreira do artista mas à luz das recordações que tem como amigo próximo.
Foi também lançado recentemente um outro livro em torno da figura do rei, mas que aborda uma perspectiva mais pessoal. Baby, Let's Play House, referência à primeira canção gravada por Elvis a chegar à tabela de vendas norte-americana, é o título do livro de Alanna Nash, onde esta relata as muitas peripécias da vida amorosa do cantor. Desde os primeiros casos amorosos dos tempos em que vivia no estado do Misssissipi, ao casamento com Priscilla Ann Wagner, não deixando de fora outras mulheres com que o "rei" se relacionou, como Sheila Ryan Caan, Lamar Fike ou Patti Parry. A pesquisa levada a cabo por Alanna Nash revela ainda uma grande variedade de fotografias do rei com as suas amadas, segundo noticiado pelo New York Times.
Centrada nos primeiros anos da carreira de Elvis é a exposição Elvis At 21, que está patente no Proud Galleries Chelsea, em Londres, até ao dia 31 de Janeiro. Esta mostra revela fotografias raras da autoria de Alfred Wertheimer da altura em que Elvis deixou a Sun Records e assinou pela RCA.
Já a conhecida companhia Cirque du Soleil tem neste momento em cartaz em Las Vegas (onde estreou em Dezembro) Viva Elvis, espectáculo que celebra este nome que mudou de forma incontornável a música popular. A escolha da cidade não poderia ter sido mais acertada.
Em Portugal a data não passou ao lado da RTP 1 que vai emitir, às 2.08, a primeira parte da mini-série Elvis: The Early Years. Nesta produção televisiva o actor Jonathan Rhys Meyers (protagonista da série Os Tudors e do filme Velvet Goldmine) veste a pele do "rei do rock'n'roll", papel pelo qual chegou mesmo a receber um Globo de Ouro. Nesta mini-série participa ainda Carmyn Manheim, que interpreta a mãe de Elvis, Gladys Presley. No entanto, o enredo centra-se somente no período de 1954 até 1968. Amanhã, por volta das 00.52, a RTP 1 exibe a segunda parte desta mini-série.
A música moderna pode não ter começado quando Elvis Presley entrou nos estúdios da Sun Records em 1954, mas certamente não seria a mesma sem este ícone, e isso não há como desmentir.
Texto in DN online, 08-01-2010
Vídeo in Youtube
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