sexta-feira, 22 de maio de 2009
Leonard Cohen no Pavilhão Atlântico, dia 30 de Julho...
É caso para dizer que não há fome que não dê em fartura. Leonard Cohen passou 15 anos afastado dos palcos. O seu regresso incluiu uma passagem por Algés, em Julho do ano passado. Um ano depois, é Lisboa que o recebe para um concerto no Pavilhão Atlântico, dia 30 de Julho.
Mais de quatro décadas depois do álbum de estreia ("The Songs of Leonard Cohen"), o escritor-poeta-compositor permanece uma das mais importantes e enigmáticas figuras da música. A passagem do tempo só ajudou a reforçar a sua aura, quer entre os fãs que o viram aparecer, quer entre novas gerações de admiradores. Para uns e para outros, a prolongada ausência dos palcos não foi fácil de engolir.
Mas, aos 73 anos, este "mafioso armado com uma guitarra" (como lhe chamou o Guardian) resolveu voltar, assumindo sem pudor a motivação financeira para a sua primeira grande digressão desde 1994. "Dance me to the end of love", "Suzanne" e "Hallelujah" não faltaram aos alinhamentos.
O novo trabalho de Cohen regista, aliás, esse regresso. "Live In London", um CD/DVD duplo, foi gravado na O2 ARENA de Londres, a 17 de Julho de 2008.
Lisboa, Pavilhão Atlântico - Parque das Nações
Dia 30-07-2009
Quinta às 21h00 (portas abrem às 19h30)
PREÇO: 30€ a 75€.
Texto in Público online, 22-5-2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Katia Guerreiro canta sábado e domingo na Argélia...
Argel, 20 Mai (Lusa) - A fadista portuguesa Katia Guerreiro vai actuar sábado e domingo na Argélia, no âmbito do Festival Cultural Europeu, onde representa Portugal.
Katia Guerreiro actua sábado em Argel e, no dia seguinte, em Bejaia, a 263 quilómetros da capital e onde viveu exilado o antigo Presidente da República português, Teixeira Gomes.
A Embaixada de Portugal em Argel, convidando os argelinos a ouvirem a fadista escreve: "Canto da tradição e da modernidade, Katia Guerreiro simboliza a voz de uma nova geração de cantoras de fado português".
A fadista será acompanhada por três músicos portugueses: José Mário Veiga (guitarra clássica), Rodrigo Serrão (contrabaixo) e Paulo Valentin (guitarra portuguesa).
Pedro Meireles, adido cultural da Embaixada de Portugal em Argel, revelou que para além dos dois concertos, Katia Guerreiro fará ainda gravações na rádio e televisão argelinas.
O adido cultural que é Professor de Língua e Cultura Portuguesas na Universidade de Argel disse que as matérias que ensina suscitam grande interesse por parte dos universitários. Actualmente há 47 alunos de cem inscritos a frequentarem aqueles cursos, enquanto os restantes aguardam que um outro Professor entre em funções.
Dezena e meia de argelinos que trabalham com empresas portuguesas fizeram também cursos de português nas instalações da Embaixada de Portugal, onde existe uma biblioteca e uma mediateca abertas ao público.
Segundo Pedro Meireles, o Português é hoje a quarta língua oficial ao nível da União Africana.
Lusa, 20-5-2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
O samba de Maria Rita regressa a Portugal...
Quase um ano depois da sua última apresentação em Portugal, a brasileira Maria Rita regressa para dois concertos - na próxima sexta-feira no Coliseu do Porto e no domingo no Coliseu de Lisboa.
A base do espectáculo é ainda Samba Meu, o seu terceiro álbum, lançado em Outubro de 2007. Mas o concerto não será exactamente igual. "Há pequenas mudanças mas o mais importante é que agora o show está mais maduro, mais 'azeitado', mais divertido", explicou a cantora à comunicação social. "Já deu tempo para o público conhecer bem este disco. E também nós estamos mais à vontade, há uma troca espontânea entre os artistas em palco, divertimo-nos mais e isso para a plateia."
Samba Meu revela um lado mais alegre e até "mais moleque" da cantora e que estava um pouco escondido nos dois álbuns anteriores. "O samba sempre esteve presente na minha vida e no meu repertório, mas aqui a sua manifestação foi mais intensa", reconhece Maria Rita, de 31 anos. No palco, admite, é como "um bicho numa jaula". "Sempre fui muito expansiva no palco, muito energética e intensa. Entrego-me a 110%." Mas, depois de tanto tempo a cantar Samba Meu, Maria Rita não vê a hora de terminar a digressão e tirar um tempo - para descansar e começar a pensar no novo passo. "Não tenho a menor ideia do que vem a seguir", desabafa.
in DN online, 20-5-2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
8.ª Grande Gala do Fado - Carlos Zel, 21 de Maio no Casino Estoril...
A tradição e o carisma do género nacional representados por um elenco de luxo que reúne várias gerações de fadistas, na oitava edição da gala.
Mário Pacheco (guitarra), Paulo Parreira (guitarra), Carlos Garcia (viola), Joel Pina (viola baixo), Ana Moura, Argentina Santos, Camané, Carlos do Carmo, D. Vicente da Câmara, Maria da Fé.
Estoril, Casino Estoril - Pç. José Teodoro dos Santos
Dia 21-05-2009
Quinta às 23h00 (jantar às 21h00).
PREÇO: 90€
in Público online, 19-5-2009
Beyoncé encantou o Pavilhão Atlântico...
Já sabíamos que Beyoncé era uma das estrelas pop mais cativantes da década presente. Ontem à noite a cantora voltou a provar, perante 18 mil pessoas, esta premissa, com um espectáculo de duas horas preparado até ao mais ínfimo pormenor para não falhar. E nada falhou.
Tudo num concerto de Beyoncé é espectáculo. Desde as constantes entradas e saídas de palco para mudar de vestimenta, às coreografias muito bem ensaiadas, passando por um intenso e aparatoso espectáculo de luzes ou até pelas palavras que dirigiu aos admiradores. Tudo é espectáculo e Beyoncé sabe na perfeição como ser a protagonista e deixar tudo e todos admirados.
Inicialmente o concerto estava marcado para as 21.00. Mas só uma hora depois a cantora subiu ao palco, fazendo esquecer alguma impaciência que se fazia sentir entre os fãs. E durante duas horas o público assistiu a uma sucessão de telediscos criados em tempo real, que demonstravam as várias facetas da cantora.
Entrou em palco vestida com um corpete dourado cantando Crazy In Love, um dos seus primeiros grandes êxitos a solo. Se os primeiros temas primaram pelo seu espírito mais cativante e dado a exuberantes danças em palco, pouco depois Beyoncé apareceu vestida de branco para uma sucessão de temas mais espirituais e intimistas, com um cenário também apropriado ao momento. E foi nesta altura que chegou a estar vestida de noiva. Além dos temas dos seus três discos a solo, Beyoncé interpretou no meio de um dos seus mais recentes singles, If I Were A Boy, o tema I Ougtha Know, de Alanis Morissette. Sarah McLachlan e Dawn Penn com o clássico reggae You Don’t Love Me (no no no) foram outras das artistas citadas.
As canções foram-se sucedendo a um ritmo alucinante, bem como os vários vídeos projectados e as coreografias habilmente desempenhadas por Beyoncé a e sua troupe de nove bailarinos. E enquanto a cantora não esteve em palco, a sua banda soube bem como animar as hostes.A certa altura do espectáculo a cantora apareceu suspensa do tecto do Pavilhão Atlântico e assim foi levada até a um palco circular que estava no meio do público.
A dimensão pop de Barack Obama até se fez sentir no concerto da cantora, quando num determinado momento passaram pelos ecrãs gigantes imagens do Presidente dos EUA na sua tomada de posse. A plateia respondeu em aclamação.
A destacar ainda a sucessão de vídeos de pessoas anónimas a imitarem a coreografia do mais recente êxito de Beyoncé, Single Ladies (put a ring on it), que já foi parodiado no programa Saturday Night Live. A noite terminou com um épico Halo. Durante duas horas Beyoncé foi diva, reinou e a ninguém deixou indiferente.
in DN online, 19-5-2009
Queda aparatosa de Caetano Veloso num concerto em Brasília...
O cantor brasileiro estava tão concentrado na música e no público que, por momentos, durante um concerto em Brasília, se esqueceu que estava em cima do palco e andou mais do que queria. Resultado: uma aparatosa queda, seguida de muitos aplausos. Veja o VÍDEO
Durante um concerto em Brasília, no passado sábado, dia 16, Caetano Veloso desapareceu momentaneamente do palco. O motivo foi simples: deu uma grande queda, mas não perdeu a pose.
O cantor não tardou a levantar-se do chão e começou logo a enviar beijos e sorrisos para o público que não se cansou de aplaudi-lo.
O momento, que certamente fará rir qualquer pessoa, foi captado por uma fã que decidiu publicá-lo no YouTube.
in Visão online, 19-5-2009
sábado, 16 de maio de 2009
Fafá de Belém fala da sua cidade...
A cantora brasileira Fafá de Belém não só tomou para si o nome da cidade onde nasceu como é uma coleccionadora de histórias do lugar. "A lembrança mais remota da minha vida são os cheiros e os sabores de Belém", diz. "Ali existe uma overdose de paladares e uma variedade enorme de raízes, sementes, cascas de árvores e frutas que é preciso experimentar para depois reflectir."
Como toda a paraense, é capaz de viver em qualquer parte do mundo, mas 'leva' sempre um pouco do Pará consigo. "Eu posso estar no Rio, no Alentejo ou no Porto e na minha geladeira você vai encontrar ingredientes para fazer um vatapá. Dou um jeito de passar na alfândega levando o que preciso. Quando volto de Portugal também nunca deixo de trazer um chouriço escondido na mala", conta entre gargalhadas.
Um dos seus amigos na cidade é o chefe Paulo Martins, dono do Lá em Casa, restaurante que ela recomenda sem reservas. "Para vocês terem uma ideia do talento do Paulo, basta dizer que o catalão Ferran Adrià, que é uma estrela internacional, foi a Belém no final do ano passado para conhecer Paulo Martins e reverenciá-lo pelo seu trabalho de valorização da cozinha amazónica."
A cidade tem tradições só conhecidas de quem é de lá. Uma das mais inusitadas é o hábito de tomar sopa de tacacá às cinco da tarde, na banca da Dona Marina, e depois seguir para a sorveteria Cairu, que faz os melhores gelados locais. No périplo gastronómico de Fafá não podem faltar caipirinhas de taperebá e graviola nem sucos de frutas de murici, cupuaçu e graviola.
Além de oferecer mesa farta e exótica, Belém é uma cidade arborizada, com construções remanescentes do período colonial. Um dos conjuntos arquitectónicos mais interessantes é o complexo Feliz Lusitânia, premiado pela Unesco como exemplo de restauração do património. A cidade foi ali fundada pelo algarvio Francisco Caldeira Castelo Branco. Na praça é possível visitar a Sé, o Museu de Arte Sacra e o Forte do Presépio. Junto a esses monumentos fica o palacete das Onze Janelas, erguido por um senhor de engenho e que hoje é uma espécie de restaurante e bar, com música ao vivo, onde os embalos seguem madrugada dentro.
Imperdoável para Fafá é ir a Belém e não visitar a ilha do Marajó ou a ilha fluvial do Mosqueiro, a 70 quilómetros da capital, onde há chalés construídos pelos ingleses na época do ciclo da borracha. Entre os passeios obrigatórios, ela cita o Museu dos Minerais, com o seu jardim de pedras preciosas e o Museu Emilio Goeldi, fundado em 1866 por um grupo de intelectuais e naturalistas preocupados em estudar a fauna e a flora da região.
A festa popular mais importante é o Círio de Nazaré, celebrada no segundo domingo de Outubro, quando milhares de pessoas ocupam as ruas e os turistas esgotam todos os hotéis. Para Fafá, independentemente de qualquer roteiro turístico, é preciso ir a Belém com tempo "para assistir ao pôr-do-sol nas Docas, ver as crianças colhendo mangas nas ruas na hora da chuva e passar algumas horas no mercado Ver-o-Peso, junto ao rio, para descobrir o que existe só ali e que por isso é tão único e especial."
Na agenda da Fafá
Melhores restaurantes
Estação das Docas - Antigos armazéns reformados, onde há vários restaurantes, bares, cervejarias, livrarias. Boulevard Castilho França, 707.
Livraria Jinkins - Perseguidos na época da ditadura, os donos conseguiram manter a livraria como um ponto de liberdade na cidade. Rua Tamoios, 1592.
Hotéis - Hilton e Crowe Plaza. Ela tem uma suite permanentemente reservada em cada um.
Mercado Ver-o-Peso - Ponto turístico às margens da Baía do Guajará, que engloba o mercado de peixe, cuja estrutura de ferro foi toda trazida da Inglaterra, e uma feira de frutas, raízes, sementes, legumes, que funciona ao ar livre.
O que comprar - Banho de Cheiro, perfume típico de Belém, feito com ervas amazónicas. Na Perfumaria Orion, Rua Frutuoso Guimarães, 270.
Produtos Juruá - Sabonetes, cremes, champôs, essências e óleos. Artesanato Juruá. Rua Deodoro de Mendonça, 319.
Vídeos:
in Expresso online, 16-5-2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Coliseu de Lisboa esgotou e aplaudiu de pé Antony and the Johnsons...
Antony não é, de todo, uma novidade para o público português. Já tinha passado por palcos portugueses acompanhando as CocoRosie ou Lou Reed, e também em nome próprio, para apresentar o disco que até hoje lhe deu maior visibilidade, I Am A Bird Now.
Ontem foram as canções do novo The Crying Light que estiveram em destaque, mesmo sem a presença de Nico Muhly e os seus arranjos para orquestra, que foram uma das surpresas do disco. No entanto os seis Johnsons que acompanham Antony Hegarty souberam dar outra vida a essas canções, algumas com um toque mais rock, sem lhes tirar uma gota do dramatismo que lhes é característico.
No entanto esse lado melodramático, tão próprio da música do cantor, não o impediu de revelar ao longo do concerto um sentido de humor muito apurado. Contudo, Antony não se mostrou logo à vontade com o público que esgotava esta sala lisboeta.
Depois de uma performance por uma bailarina convidada, às 22 horas em ponto Antony and the Johnsons subiram ao palco e logo aclamados em peso. Mas na primeira canção ainda o cantor se encontrava no escuro. Pouco depois, já visível ao olhar público, começou a contar os seus passeios por Sintra, o seu passado católico, com o qual, revelou, já não se identifica, e disse mesmo: “Rapidamente percebi que havia qualquer coisa de muito errado no meio daquilo tudo”. O actual Presidente dos EUA e algumas das suas mais recentes medidas foram também alvo de crítica, mas não deixou de sublinhar que “gosta” deste novo presidente. E comentou, entre risos, as notícias recentes sobre a subida do nível das águas e o fim da humanidade. Foi com estes temas que introduziu Everglade, do novo The Crying Light, que foi o disco central do espectáculo.
Durante duas horas o cantor e os seus músicos tiveram oportunidade de apresentar aos fãs temas de todos os discos já editados, do primeiro álbum homónimo, até uma versão mais rock de Fistful of Love, do segundo disco, I Am A Bird Now, passando por um entusiasticamente aplaudido I Fell In Love with a Dead Boy. Sempre sentado ao piano de cauda, em palco revelou irreverência e animação em Shake the Devil, tema com percussões fortes, desvarios ao saxofone e aproximações à música gospel. Seguiu-se-lhe um inédito na mesma linha, que deu oportunidade ao cantor de contar uma das histórias mais mirabolantes da noite, sobre uma encarnação feminina de Jesus Cristo, a que deu o nome de Jesus Christina, natural do Afeganistão, que viria salvar a terra no futuro e levar à criação “de governos profundamente femininos”. E pelo meio não deixou de falar muito sarcasticamente de Dick Cheney. O final do espectáculo não poderia ter sido outro, com Hope There’s Someone, o tema que deu visibilidade global ao cantor.
in DN online, 15-5-2009
Ana Moura: Prince entusiasma-se com a fadista em Paris...
Ana Moura estava lindíssima ontem à noite no palco de La Cigale , no bairro de Pigalle, em Paris. O concerto foi espantoso e a assistência, na maioria portugueses, vibrou do princípio ao fim com a voz forte e sensual da fadista.
Mas ninguém se apercebeu que, escondido junto ao palco, Prince também assistia ao concerto, não se cansando de a aplaudir, muito entusiasmado com a portuguesa. Depois dos Rolling Stones , que a convidaram a participar no disco "Stones World", Ana Moura parece ter igualmente conquistado Prince, que pretende também gravar com ela.
O projecto do disco em conjunto foi confirmado aos jornalistas pela fadista, no fim do concerto. A estrela mundial da música pop, que entrou na sala quando as luzes se apagaram, protegido por três guarda-costas, esperou no fim quase uma hora pela fadista para irem cear juntos na capital francesa.
A informação sobre a presença de Prince foi guardada secreta até ele ter saído de La Cigale. Diz quem o viu que estava vestido de fato vermelho e "bengala de monarca".
Ana Moura, que era até ontem pouco conhecida em França - os dois balcões estavam vazios e apenas a plateia da linda sala parisiense estava cheia - , deu um concerto memorável. Envergando um longo vestido negro que lhe realçava a silhueta de sereia, a fadista chegou a levar o público às lágrimas quando interpretou 'Fado loucura' ou 'A minha guitarra'.
Por vezes, durante o concerto, a fadista também mostrou alguma surpresa e uma evidente emoção com os intensos aplausos e, sobretudo, quando os espectadores cantaram em coro, com ela, alguns dos seus fados mais conhecidos.
No fim, enquanto Prince saía sorrateiramente do seu esconderijo, Ana Moura foi aplaudida longamente, sendo obrigada a voltar ao palco para cantar meia dúzia de encores. Durante o espectáculo de cerca de duas horas, a fadista interpretara um dos temas de "Stones World", com metade da letra em inglês e outra metade em português.
O jornal francês "Le Parisien" garante na sua edição de hoje que Prince atravessou o Oceano Atlântico apenas com o objectivo de ver Ana Moura em Paris. "Só vim para pegar na cauda do vestido da Ana"..., diz o artista pop num comunicado de imprensa da equipa de produção da fadista, dado a conhecer no final do espectáculo.
in Expresso online, 15-5-2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Prémio Consagração e Carreira para José Cid...
A Sociedade Portuguesa de Autores distingue dia 22, Dia do Autor, 38 personalidades e entidades, entre elas José Cid com Prémio Consagração e Carreira.
O Prémio Consagração e Carreira, as 28 Medalhas de Honra e os 09 Prémios Pró-Autor serão entregues a partir das 18:30, em sessão solene, na Galeria Carlos Paredes, no edifício da SPA.
No mesmo dia será conhecido o vencedor do Grande Prémio de Teatro SPA/Novo Grupo 2009, e será lida a mensagem, este ano a cargo da escritora Maria Isabel Barreno.
José Cid é "um dos mais populares nomes de sempre da música portuguesa, triunfador de vários festivais em Portugal e no estrangeiro e autor de alguns dos maiores êxitos musicais das últimas décadas", lê-se numa nota da SPA.
Autor, entre outros, de "Grande, grande amor", "Ontem, hoje, amanhã", "A cabana", "No dia em que o rei fez anos", ou "Cai neve em Nova Iorque", José Cid disse à Lusa que está "grato" pelo galardão "mas pelo menos outros dez nomes" da sua geração "também mereciam o prémio".
No ano passado a SPA distinguiu com o Prémio Consagração de Carreira a escritora Isabel da Nóbrega, e anteriormente foram galardoados Raul Solnado, Matilde Rosa Araújo, Igrejas Caeiro e António de Macedo.
As 28 personalidades a quem serão entregues as Medalhas de Honra pertencem a diferentes sectores da área cultural desde o teatro à literatura passando pela rádio e o cinema.
A actriz Alina Vaz, que este ano completa 50 anos de actividade teatral e que adaptou vários romances de autores portugueses para teatro radiofónico, e ainda Edgar Gonçalves Preto, autor de vários textos de revista, José Lopes de Almeida, Nicolau Breyner, Norberto Barroca, e Vítor Pavão dos Santos, são os distinguidos na área do Teatro.
Na área da música é distinguido o compositor e guitarrista José Fontes Rocha, autor de muitos fados, com mais de 50 anos de carreira, e ainda António Chaínho, Eugénio Pepe, Fernando Ribeiro, o maestro José Atalaya, o poeta Lopes Vítor, Paulo Alexandre e Sílvio Pleno.
Altino Tojal, Casimiro de Brito, Luísa Ducla Soares, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa, Mário Cláudio e Vasco Graça Moura são os escritores distinguidos.
Maria Gabriel é a única artista plástica galardoada, enquanto na área da rádio, televisão e cinema receberão a Medalha de Honra Helder Mendes, João Matos Silva, Manuel Jorge Veloso, a realizadora Monique Rutler, o locutor Orlando Dias Agudo e Rogério Ceitil.
Pela primeira vez são entregues os Prémios Pró-Autor, que distinguem entre outros, a Agência Lusa.
Segundo uma nota da SPA, a cooperativa decidiu criar estes Prémios, que entrega no Dia do Autor, "tendo em consideração que vários órgãos de informação, autores e apresentadores de programas, jornalistas e outros agentes culturais e comunicacionais divulgam regularmente e com reconhecida qualidade a actividade dos autores portugueses, bem como a problemática do Direito de Autor".
Salienta ainda a SPA, que os meios de comunicação social têm contribuído "para que exista uma maior sensibilidade da opinião pública relativamente a estes temas".
Além da Agência Lusa, são distinguidos Edgar Canelas, pelo programa "Alma Lusa", e Armando Carvalheda, pelo programa "Viva a música", ambos da RDP Antena 1, a revista "Os meus livros", e Luís Caetano, pelos programas "Um Certo Olhar", "A Forças das Coisas" e "Última Edição", todos da RDP Antena 2.
São também distinguidos João Lopes, pela sua actividade como divulgador de cinema na rádio e na televisão, o Rádio Clube Português, Fernanda Freitas pelo programa que apresenta na RTP2 "Sociedade Civil", e ainda o director do Museu Nacional do Teatro, José Carlos Alvarez Barreto.
A título póstumo é distinguido o apresentador e divulgador de banda desenhada e cinema de animação Vasco Granja, falecido há uma semana.
Durante as celebrações, será lançada a peça vencedora do Grande Prémio de Teatro do ano passado, "Uma Família Portuguesa", de Miguel Real e Filomena Oliveira.
A fadista Aldina Duarte encerra as celebrações. Refira-se que o seu mais recente álbum, "Mulheres ao espelho", foi produzido com o apoio do Fundo Cultural da SPA.
in JN online, 14-5-2009
Festival Super Bock Super Rock Porto quase esgotado...
The Killers e Depeche Mode são os cabeças-de-cartaz da edição deste ano do festival Super Bock Super Rock. Em conferência de imprensa, Luís Montez, da empresa promotora Música no Coração, revelou que os bilhetes para a manga portuense (em que actuam os Depeche Mode) se encontram "apenas a sete mil bilhetes de esgotar e Lisboa deverá ir pelo mesmo caminho".
A organização anunciou os últimos nomes para o cartaz. Brandi Carlile, Mando Diao e The Walkmen e os portugueses Bettershell (vencedores do concurso Preload) estão confirmados para Lisboa. Motor e os lisboetas Soapbox para o Porto (estes últimos também vindos do Preload). Assim, o Estádio do Bessa recebe no dia 11 de Julho, Soapbox, Motor, Peter, Björn and John, Nouvelle Vague e os Depeche Mode. Jwana Godinho, da Música no Coração, deixou no ar a hipótese de Martin Gore (dos Depeche Mode) se juntar aos Nouvelle Vague em palco. Ambos partilham admiração e amizade, disse a referida responsável.
Uma semana depois, no Estádio do Restelo, é a vez de Bettershell, The Walkmen, Brandi Carlile, Mando Diao, Duffy e os muito aguardados The Killers. Para ambas as datas do festival, as portas abrem às 16.00 e o primeiro concerto está marcado para as 18.30. Os bilhetes custam 40 euros (para um dia) ou 70 (passe de dois dias).
Na conferência, Luís Montez mostrou-se entusiasmado com o facto de o festival se realizar em dois sábados consecutivos. "Nunca pensei que conseguíssemos estes dois grandes nomes (The Killers e Depeche Mode) e ainda mais num sábado."
Também o padrinho do Super Bock Super Rock, Zé Pedro (Xutos & Pontapés) declarou estar entusiasmado com o cartaz do festival e sublinhou o encontro entre bandas consagradas e novas.
in DN online, 14-5-2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Depeche Mode: Vocalista David Gahan internado...
O concerto dos Depeche Mode foi cancelado, esta terça-feira, em Atenas, depois do vocalista ser levado para o hospital.
Poucos minutos antes de actuarem para as 20 mil pessoas que aguardavam os Depeche Mode no Athens' Terra Vibe, David Gahan sentiu-se mal.
Apesar de ser prontamente assistido por um médico nos camarins, o cantor foi encaminhado para um hospital, cujo nome não foi revelado, supostamente, com uma gastroentrite.
Coube ao agente da banda comunicar à audiência que o concerto não se iria realizar. “Lamento muito que não há nada que podemos fazer - ele está realmente doente. Ele pediu-me para transmitir as minhas desculpas a todos." anunciou.
Até ao momento ainda não foi adiantado mais nenhum pormenor sobre o estado do cantor, e não sabe até que ponto os próximos concertos da tournée podem ou não estar comprometidos.
Os Depeche Mode tocam em Portugal no festival Super Bock Super Rock no próximo dia 11 de Julho, no estádio do Bessa, no Porto.
in JN online, 13-5-2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
Descoberta letra de uma canção inédita de George Harrison...
O biógrafo Hunter Davis descobriu recentemente a letra de uma canção inédita de George Harrison, escrita em 1967. O escritor descobriu a letra enquanto fazia pesquisa para uma nova edição da biografia oficial dos Beatles. O rascunho onde Harrison escreveu essa canção desconhecida vai estar em exposição no museu da British Library. Hunter Davis referiu que, provavelmente, essa letra foi escrita ainda antes da morte de Brian Epstein, agente dos Beatles, uma vez que nas costas do papel que será exposto está escrito uma série de indicações para a casa de campo de Empstein, escritas pelo próprio.
Hunter Davis disse ainda que costumava apanhar papéis atirados ao chão pelos Beatles enquanto estes gravavam no estúdio Abbey Road, em Londres. O rascunho de George Harrison foi a mais recente descoberta.
in DN online, 12-5-2009
domingo, 10 de maio de 2009
Patxi Andión actua na Figueira da Foz, Lisboa, Porto e Guarda...
Há muito tempo que Portugal não se encontrava com Patxi Andión num palco só seu. Andión também esteve muito tempo - dez anos - sem lançar originais. Nada disto impediu que, por cá, o continuassem a acompanhar lealmente. O músico regressa para uma série de concertos consecutivos: 13 de Maio na Figueira da Foz, 14 em Lisboa, 15 no Porto e 16 na Guarda.
O motivo para a digressão é o recém-lançado "Porvenir". Era muito aguardado o novo registo do grande cantautor espanhol de voz rouca, veia contestatária e invulgar sensibilidade.
in Público online, 10-5-2009
sábado, 9 de maio de 2009
Nos 25 anos do Íntima Fracção: Né Ladeiras regressa...
...oito anos depois.
Ao fim de um longo período sem actuar em público, Né Ladeiras vai fazer este sábado à noite (a partir das 21h30) uma breve e rara aparição na nova livraria Ler Devagar , na LX Factory, em Lisboa, para interpretar God Only Knows, dos Beach Boys, um dos temas mais emblemáticos do programa de música Íntima Fracção. Né Ladeiras vai ser acompanhada ao piano por Pedro Marques, um dos fundadores do grupo Alla Polacca.
O evento de celebração dos 25 anos daquele que é um dos programas com maior longevidade da história da rádio em Portugal vai contar ainda com a presença do seu autor, Francisco Amaral, arquitecto de formação e professor universitário em Coimbra, além de incluir a actuação de talentos desconhecidos do grande público mas que têm feito parte do alinhamento das últimas edições de Íntima Fracção: o guitarrista argentino Carlos Gutkin e o compositor português Adriano Filipe.
Está prevista também uma conversa aberta sobre programas de rádio de autor e a sua divulgação através do formato podcast, em que vão participar Francisco Mateus, animador na TSF, e Edgard Costa, da Gavez 2, um dos pioneiros na distribuição de podcasts em Portugal.
A Íntima Fracção foi lançada como programa de rádio em 1984 na Antena 1, tendo transitado para a TSF em 1989, onde permaneceu até 2003. Depois disso passou pela Rádio Universidade de Coimbra e pelo RCP. Desde Abril de 2008 que é transmitido em exclusivo pelo Expresso, através de mp3 e podcast.
in Expresso online, 09-5-2009
Ao fim de um longo período sem actuar em público, Né Ladeiras vai fazer este sábado à noite (a partir das 21h30) uma breve e rara aparição na nova livraria Ler Devagar , na LX Factory, em Lisboa, para interpretar God Only Knows, dos Beach Boys, um dos temas mais emblemáticos do programa de música Íntima Fracção. Né Ladeiras vai ser acompanhada ao piano por Pedro Marques, um dos fundadores do grupo Alla Polacca.
O evento de celebração dos 25 anos daquele que é um dos programas com maior longevidade da história da rádio em Portugal vai contar ainda com a presença do seu autor, Francisco Amaral, arquitecto de formação e professor universitário em Coimbra, além de incluir a actuação de talentos desconhecidos do grande público mas que têm feito parte do alinhamento das últimas edições de Íntima Fracção: o guitarrista argentino Carlos Gutkin e o compositor português Adriano Filipe.
Está prevista também uma conversa aberta sobre programas de rádio de autor e a sua divulgação através do formato podcast, em que vão participar Francisco Mateus, animador na TSF, e Edgard Costa, da Gavez 2, um dos pioneiros na distribuição de podcasts em Portugal.
A Íntima Fracção foi lançada como programa de rádio em 1984 na Antena 1, tendo transitado para a TSF em 1989, onde permaneceu até 2003. Depois disso passou pela Rádio Universidade de Coimbra e pelo RCP. Desde Abril de 2008 que é transmitido em exclusivo pelo Expresso, através de mp3 e podcast.
in Expresso online, 09-5-2009
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Rão Kyao em Lisboa...
O flautista Rão Kyao traz uma bagagem de muitos anos ao serviço da nossa música, por via da redescoberta do Oriente, da influência do jazz e da incursão pelo folclore de vários pontos do globo. Neste concerto, "Porto Alto" está no centro das atenções.
Lisboa, Museu do Oriente - Av. Brasília - Edifício Pedro Álvares Cabral - Doca de Alcântara Norte.
Dia 08-05-2009
Dia 08-05-2009
Sexta às 21h30
PREÇO: 20€.
PREÇO: 20€.
in Público online, 07-5-2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Pete Best: Memórias de um 'Beatle' esquecido...
- Pete Best, o primeiro baterista dos Beatles -
Apesar de ter sido despedido, Pete Best recorda hoje que é ainda o baterista com mais horas de palco com os Beatles.
A revista Veja encontrou-o recentemente em Porto Alegre, disfarçado de estrela rock'n'roll com juízo: o amante de guitarras e baterias que acabou como pai de família e protagonista de um casamento de 40 anos. O comportamento não é o de um herói dos palcos simplesmente porque Pete Best nunca o foi. Primeiro baterista dos Beatles, quando os messias da música popular não tinham ainda descoberto qual a sua missão, Best esteve recentemente no Brasil com a sua banda, propósito suficiente para motivar um desfilar de memórias gloriosas e trágicas.
Na entrevista que concedeu à publicação brasileira, Pete Best demonstrou que a felicidade de hoje não significa o esquecimento de quem escapou "por-um-bocadinho-assim" àquela que seria a mais brilhante carreira que poderia ter vivido enquanto músico: ser um beatle. Se esse é o sonho de qualquer humano que alguma vez se tenha apaixonado por um refrão assinado pelos Fab Four, o que dirá quem deles fez parte. Não sabemos se é rancor, mas caso não seja, o disfarce não é o melhor: "John Lennon: génio. Paul McCartney: génio. George Harrison: génio. Ringo Starr: baterista." Foram estas as palavras de quem foi despedido por, reza a lenda, concentrar todas as atenções do exigente e importante público feminino. Naturalmente, a história que temos como oficial está assente em factos bem distintos.
Nascido em 1941, Pete Best chegou a Liverpool com quatro anos, vindo da Índia, ponto de partida da família que fugia ao caos da futura ex-colónia. A história que separa tal data do início da década de 60 é igual à de quase todos os que se passeavam pelas margens do rio Mersey. A cidade portuária acolhia os sons vindos dos EUA, ópio de uma juventude que via no rock'n'roll a salvação dos tempos modernos. Pete era o baterista dos Black Jacks, a banda que ocupava com regularidade o bar The Casbah (propriedade da família Best). Foi aí que os Beatles encontraram o baterista ideal para a "residência" que preparavam nos palcos de Hamburgo, paraíso hedonista que foi perfeita rampa de lançamento de uma carreira em construção. Pouco depois, era vê-los a desfilar pelas ruas da cidade alemã, entre palcos e desventuras - Best esteve mesmo detido pela polícia de Hamburgo durante três horas, com Paul McCartney.
Por lá despertaram os olhares curiosos de gente influente. Primeiro de músicos, como Tony Sheridan, que convidou os Beatles para serem a "sua" banda na gravação do tema My Bonnie (editado em 1961). Mais por empresários do meio. Brian Epstein seria o manager do grupo, o mesmo que, depois de falhada uma audição para a Decca, levou os Beatles até Abbey Road, para uma demonstração perante os executivos da Parlophone. Reza a história que George Martin, o futuro produtor dos Beatles, concordou em assinar contrato com o grupo apenas se os serviços de Pete Best fossem dispensados. Eventualmente, a condição imposta foi respeitada, abrindo vaga para a inscrição de Ringo Starr na história da música pop.
É aqui que a história se divide. Este será por ventura o relato mais diplomático. Cynthia Lennon lembra, no seu livro John Lennon (Bizâncio), que "John, Paul e John tinham concordado que não queriam Pete na banda. […] O seu rosto não encaixava. Os rapazes queriam alguém com quem pudessem divertir-se, alguém que partilhasse o seu irreverente sentido de humor". Já Geoffrey e Avalon Giuliano (autores de Beatles - A História Secreta, publicado entre nós pela Ulisseia) escreveram que "muitos apontaram o facto de a sua mãe se intrometer constantemente", pelos con- tactos que tinha em Liverpool e actuando quase como uma segunda manager. Ao mesmo tempo, reforçam a ideia de que "provavelmente acabou por ser o modo de Pete Best tocar bateria que levou à sua queda em desgraça".
Qualquer que tenha sido o motivo, Pete Best embarcou num percurso depressivo que o levou a tentar o suicídio. Brian Epstein ofereceu os seus préstimos para que Best pudesse refazer a sua vida artística, mas este recusou, tendo assumido pessoalmente tal tarefa sem nunca ter alcançado sucesso.
Entre outros, formou os Pete Best & The All Stars, Pete Best Four e o Pete Best Combo antes de desistir dos palcos para se tornar funcionário público. Actualmente passeia-se pelo mundo com a Pete Best Band, o grupo que lhe deu trabalho regular como nunca até aqui. Ainda que continue a afirmar que nenhum baterista teve tantas horas de palco com os Beatles como o próprio Pete Best.
in DN online, 06-5-2009
Top britânico: Quase 40 anos depois, Bob Dylan volta a liderar...
Quase 40 anos depois, Bob Dylan volta a ter um disco no primeiro lugar do top britânico. Together Through Life, o seu último registo em estúdio, ocupa a liderança da tabelas de álbuns naquele país desde domingo - dia em que terminou uma digressão em Edimburgo.
"Os seus álbuns sempre venderam bem", mas "é evidente que Dylan está a atravessar um momento fantástico, quando uma nova geração de fãs se junta aos seguidores de sempre para apreciarem o seu legado musical", disse ao The Guardian Gennaro Castaldo, da cadeia de lojas HMV.
Bob Dylan, que este mês completará 68 anos, chegou ao primeiro lugar do top britânico em 1964, com The Freewheelin, repetindo a proeza em 1970, com o álbum New Morning. Agora, com Together Trhough Life (o seu 33.º disco de estúdio), destrona Tom Jones - que depois de Delilah, em 1968, demorou 31 anos a voltar ao top.
in DN online, 06-5-2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Lenny Kravitz actua no Pavilhão Atlântico e convida a fadista Mariza...
Lisboa, 04 Mai (Lusa) - O músico norte-americano Lenny Kravitz actua terça-feira em Lisboa, para celebrar vinte anos da edição do álbum de estreia "Let Love Rule", e no concerto no Pavilhão Atlântico contará com a participação da fadista Mariza.
Este será o primeiro concerto de Lenny Kravitz em Portugal num recinto fechado, depois de várias actuações anteriores, sobretudo em festivais.
Neste regresso, o músico nova-iorquino apresentará um alinhamento que celebra duas décadas de carreira desde que lançou, em 1989, o álbum "Let love rule" até à edição do recente "It´s time for a love revolution".
Lusa, 04-5-2009
domingo, 3 de maio de 2009
"Xinti": O próximo disco de Sara Tavares...
Desde que editou "Balancê" em 2005, Sara Tavares atravessou a Europa e passou pelos EUA dando um total de 120 concertos, chegou a rádios como a BBC, a jornais como o "Guardian", a revistas como a "Sound Roots", a sites como o World Music. E no entanto, nada disto parece deixá-la propriamente entusiasmada, menos ainda se nota alguma vaidade quando fala da segunda fase da sua já longa carreira.
"Balancê" foi tão bem recebido que "Xinti", o seu mais recente disco, ainda nem saiu e ela já tem uma imensa lista de concertos marcados até finais de Setembro que a levarão por Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha e Espanha. "Há etapas na construção de uma carreira lá fora, que têm de ser conquistadas uma a uma. Neste momento ainda estou nessa fase. O mundo é grande e país a país vai-se conquistando", diz, acendendo um dos escassos cigarros de enrolar que fuma ao longo de uma hora de conversa. Ela é tão doce a falar quanto a cantar, mas a calma não impede que seja decidida.
É, de facto, uma história no mínimo fora do comum. Sara surgiu em 1994, quando participou num daqueles concursos televisivos em que desconhecidos cantam canções dos seus ídolos. Tinha apenas 15 anos e ganhou um Chuva de Estrelas com uma versão de uma canção de Whitney Houston, que, na altura, admirava. Se tudo corresse como normalmente, desapareceria em pouco tempo, deixando um ou outro disco que ninguém ouviria.
Uma segunda vida
Quando gravou o primeiro álbum, um disco de gospel chamado "Sara Tavares e os Shout", a música negra americana ainda era o seu amor - mas o simples facto de ter feito um disco de gospel em vez de versões de baladas de Céline Dion poderia ter indicado aos mais atentos que a rapariga queria fazer as coisas à sua maneira. Esteve três anos sem gravar, editando depois "Mi Ma Bô", que pouca gente há-de ter ouvido. Esperou seis anos até lançar "Balancê", o disco que mudou por completo a percepção que o público tem da sua música.
Vagamente assente na música cabo-verdiana, com melodias simples a espraiar-se por ritmos dolentes, "Balancê" foi um surpreendente êxito, tanto nacional como fora de portas. Lá fora não sabem bem se ela é portuguesa ou cabo-verdiana e alguns textos, de forma sensata, optam por chamar-lhe um produto da diáspora. Tudo isto é surpreendente, se tivermos em conta que no mundo da pop ninguém costuma ter direito a uma segunda vida.
A primeira, foi menos glamourosa: começou em Almada, onde os pais se instalaram nos anos 70. Nascidos em Cabo Verde, vieram para Lisboa numa das vagas de emigração destinadas a suprir falta de mão-de-obra em tarefas específicas. "O meu pai trabalhava na construção civil, a minha mãe era empregada doméstica", diz, acrescentando depois que são "15 irmãos" no total. Ela não prolonga a conversa acerca do seu crescimento, mas ao "Guardian" disse que a infância foi "solitária". Em casa, a mãe "nem sequer falava português" com ela. Sara "respondia-lhe sempre em português", porque "é mais fácil para a integração" dominar bem a linguagem de chegada.
Sara sempre entendeu crioulo, mas começou a falá-lo muito tarde. Foi pouco depois de conquistar a Chuva de Estrelas: "Viajei para Cabo Verde numa comitiva oficial, liderada por Cavaco Silva, na altura primeiro-ministro. Quando se vai a Cabo Verde, é obrigatório aprender crioulo, porque é o que toda a gente fala. No interior de Cabo Verde quase não se fala português. Fala-se, quando muito, nas repartições, na escola".
Gostou à primeira de de Cabo Verde, sentiu "que também pertencia ali". Esteja a ser politicamente correcta ou não, hoje diz pertencer "aos dois lugares": "Para morar prefiro estar aqui, porque tenho tudo o que preciso, mas em termos de temperamentos, gosto mais de Cabo Verde". Ela não tenta florear a sua relação com Cabo Verde para obter dividendos. Admite que não se sente "representante da música cabo-verdiana", preferindo considerar-se como "parte de uma geração de jovens da diáspora de Cabo-Verde". "Sou cabo-verdiana pela cor de pele, pela língua e pela história, mas também sou portuguesa. Nasci cá."
À maneira dela
Mas a dificuldade de a situar existe e "às vezes surge aquela questão: fazem-se cartazes a promover o disco como "Música nova de Cabo Verde" ou "Música nova de Portugal'?" Estas questões, diz, "têm a ver com o universo social da 'world music', que vende o exotismo". Sendo que é o mercado da "world music" que a sustenta, ela poderia ser a-crítica, mas é a primeira a dizer que "a 'world music' tem um lado de turismo ocidental sem sair do país". Tem razão: no mercado da "world music" vende-se por vezes mais uma ideia de autenticidade que a própria música. "Isso incomoda-me menos do que devia porque vejo muitas artistas bons a romper graças a isso", diz, com honestidade.
Não pode, claro, fazer uso dessa mais valia, porque a ligação à cultura cabo-verdiana não é a mesma de quem lá nasceu. "Não tenho ligação à música cabo-verdiana da tradição como vivente, não cresci com ela. Tenho como ouvinte, o que é diferente". Não tem, assume, interesse em fazer música tradicional, ser uma herdeira de Cesária. "Uso instrumentos tradicionais, mas não os uso ao mesmo tempo, porque não é esse o meu papel. Sinto-me melhor no papel de quem usa isto para fazer algo de fresco".
Apesar disto, tem preferências na música cabo-verdiana, e essas são tradicionais, "como o Paulinho Vieira, o B.Leza, o Eugénio Tavares, os Bolimundo, que foi um grande grupo de funaná, o Tito Paris, o Boy Ge Mendes, o Bana e a Cesária, claro".
Daqui, o que ela aproveita é "o balanço". "Eu brinco muito com o balanço. Acabo por usar o funaná, o batuque, a coladera, mas acabo por fazer tudo à minha maneira. Faço uma releitura pessoal dos géneros". Toda a sua música diz respeito a essa ideia de "releitura pessoal". O que faz, diz, "tem a ver com criar um reportório que tenha a minha cara". Essa é a razão porque não canta tradicionais nem música de outros compositores. "Se encontrar um compositor que faça isso, canto as canções dele. A minha abordagem de composição é muito particular".
Exemplifica, com recurso a "Xinti", o novo disco: "Tem tanto Cabo Verde quanto o anterior: está lá tudo, mas de forma mais subtil. Sendo que o que há de Cabo Verde em mim, já é reinventado. Mesmo o meu crioulo não é puro, misturo várias variantes".
É um disco tão ou mais calmo que o anterior, ou "ainda mais parado que o último". A lentidão não era objectivo, foi consequência: "O meu processo de composição é totalmente espontâneo: pego na guitarra e deixo-a falar. Depois dar os concertos [de promoção de Balancê] caí num certo estado de espírito de descanso, daí este disco ser mais calmo".
É, indubitavelmente, uma figura do seu tempo, pouco interessada em usar vestidos tradicionais para vender uma ideia de "real thing". Faz a música que faz, mas gosta de ouvir Fela Kuti, Chet Baker ou Chavela Vargas. Veste-se como uma rapariga da sua idade. A sua abordagem à música pode ser sintetizada numa frase sua: "Estou a ouvir um reggae e o que ouço lá dentro é um semba [música tradicional angolana]. Acabo por descobrir as semelhanças entre os ritmos e dou por mim a tocar por cima". É assim que a música lhe nasce.
in Público online, 03-5-2009
sábado, 2 de maio de 2009
Coldplay vão oferecer um novo álbum aos admiradores...
Os Coldplay vão oferecer um novo álbum, gravado ao vivo e intitulado LeftRightLeftRight-Left, a partir do próximo dia 15 de Maio e até ao final do ano, durante os vários concertos da sua actual digressão. De acordo com um comunicado disponível no site do grupo, esta medida visa "combater a recessão" e mostrar a gratidão da banda inglesa para com os fãs que continuam a ir aos seus concertos apesar do clima económico desfavorável.
Não entanto, não é preciso assistir a uma actuação do grupo de Chris Martin para ouvir estes temas. É que a partir de 15 de Maio, o disco estará também disponível em formato mp3 na página do grupo na Internet (http://www.coldplay.com/). Mais uma vez, o download é gratuito.
Entre os nove temas incluídos neste novo LP encontram-se versões de temas mais antigos como Fix You, Clocks ou The Hardest Part, e outras do recente Viva la Vida or Death and All His Friends, tais como o Strawberry Swing e o single Viva La Vida. As canções foram gravadas ao longo do último ano, durante a digressão de apresentação do último álbum dos Coldplay.
in DN online, 02-5-2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Brandi Carlile, amanhã em Évora...
A emoção rasgada da voz de "The Story" revelou Brandi Carlile às massas, tornando o álbum com o mesmo nome um sucesso e projectando a norte-americana para o panteão das mais interessantes "cantautoras" do momento. Na sua última passagem por cá, todos os concertos esgotaram. Este regresso também promete ser concorrido. Évora recebe-a a 2 de Maio.
Apesar de jovem, Brandi Carlile não é propriamente novata. Mas só recentemente o seu nome se tornou obrigatório na colecção pessoal de muito ouvinte. Em Portugal, em particular, é difícil escapar ao fascínio, quando ele nos entra pela casa adentro. Quem é que não parou para ver aquele anúncio televisivo a uma marca de cerveja, atraído por aquela voz rouca, ampla, autêntica? Foi pequeno o passo em direcção ao sucesso do álbum e à presença constante no éter nacional. Os nossos palcos têm nova oportunidade de acompanhar o intimismo da sua história.
Évora, Arena de Évora - Avenida General Humberto Delgado
Dia 02-05-2009
Sábado às 22h00
PREÇO: 30€.
in Público online, 01-5-2009
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